Neste final de ano quero embriagar-me de beleza. Quero beber toda a seiva por onde flui a vida; quero lambuzar-me com o mel das bondades; quero ensopar-me com os respingos da delicadeza humana.
Neste final de ano quero sentir-me esmagado de beleza. Quero identificar-me com a frágil formosura do ancião, quero continuar encantado com a curiosa elasticidade do ginasta; quero fascinar-me com a inteligência das crianças.
Neste final de ano quero deixar-me desafiar pela beleza. Quero recitar poesia com lágrimas nos olhos; quero entender como uma escultura de bronze possui vida; quero aprender a escrever sem falsificar meus sentimentos.
Neste final de ano quero continuar intrigado pela beleza. Quero manter meus olhos espirituais abertos para diferençar o sagrado do impuro, o nobre do vil, o ordinário do especial. Quero discernir sobre o tempo, intuir a eternidade e perceber o divino.
Soli Deo Gloria.
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